
“Judá é um leãozinho, (…) encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?”- Gênesis 49:9. Essas palavras foram ditas por Jacó, ou Israel, momentos antes de sua morte. Ele chamou seus filhos (12), e foi proferindo as promessas ou sentenças a cada um de seus filhos, um a um, começando por Rúben, o mais velho. E quando chegou em Judá, uma das coisas que ele disse foi “Judá é um leãozinho (…), encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?” Tem versão na Bíblia que diz leoa, ao invés de leão velho. Não importa. Ambos são perigosos. As leoas geralmente é, ou são as que caçam. “Voam” atrás da presa. PERIGO! E o leão velho é perigoso por que? Quando ele envelhece, é expulso do bando, então tem que se virar sozinho, muitas vezes atacando o homem. Na África, leão velho é sinal de perigo. Então a Bíblia pergunta: quem o despertará? Quem terá coragem para despertá-lo? Só porque o leão está deitado, descansando, ou dormindo, alguém vai lá mexer com ele? Duvido! É um leão. Dormindo ou não. É uma fera. Mas é mais ou menos isso o que tem acontecido nos dias atuais. Tem muita gente sem juízo mexendo com o povo de Deus (leia-se evangélicos). E o povo de Deus é paciente. Aguardando e sofrendo tudo calado, Até o dia em que se levantar e resolver agir. O povo de Deus não tem sangue de barata. Tem a paciência que Deus quer que ele tenha, e até onde onde Ele quer que tenha. As pessoa falam muito de Jó e de sua paciência. Só que ele não era Todo-Paciência, tanto é que ele declarou: “Ainda hoje a minha queixa é a de um revoltado.”-Jó 23:2. Só que na ocasião ela nada poderia fazer. Não quer dizer que ele aceitava tudo pacificamente. Uma vez, um conhecido e conhecedor da Tropa da Choque, me falou que quando eles vão pras ruas, ficam lá parados, imóveis, com escudos, aguardando um comando. Enquanto isso muitos se aproximam, xingam eles, suas mães, de tudo que é nome, e eles lá, parados, só marcando, observando. Cospem, atiram pedras e outras coisas mais. E eles lá, parados. Até que ouvem:”Dispersar!” Aí vão pra cima com tudo. E quem você acha que é principal alvo deles? Aqueles que estavam xingando, cuspindo, falando da mãe deles. É óbvio! O evangélico tem sido muito paciente. E aí confundem paciência com ser bobo, fraco. Até o dia em que ouvir o comando “dispersar!”. Tem gente que por maldade pisa, e puxa o rabo do gato, e descobre tarde demais que não era um gato, era um tigre (ou leão). Aí já era. É tarde. Pessoas vivem falando, quando veem um crente na política, que lugar de crente é na igreja, “rezando”, que não tem que se meter em política. E deveria ser. Mas por que tiveram que ir pra política? Porque se cansaram de tantos maus tratos, de ver o povo de Deus sendo humilhado, sem que houvesse (humanamente falando) quem o socorresse.- Eclesiastes 4:1. E estão indo bem, fazendo a diferença. E isso causa ódio nos adversários, pois achavam que o lugar deles era só na igreja “rezando”. Mas eles estão aí, e fazendo a diferença, como o sal, dando sabor. E esse povo de Deus é igual omelete: quando mais bate, mais cresce. Aceita que dói menos. “E o restante de Jacó estará no meio de muitos povos como o orvalho do Senhor, como o chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem depende dos filhos de homens.”- Miquéias 5:7. Não estão na dependência do homem. Estão na dependência de Deus. A pessoa acorda de manhã e diz: “vou regar a planta”, só que quando vai ver, o orvalho já está sobre ela. O orvalho chegou primeiro. Não esperou pelo homem, nem aguardou pelo filho de homem. Assim é o povo de Deus. Ele está, talvez, não onde ele mais apareça, mas sim onde ele é mais necessário. Recentemente houve uma polêmica envolvendo uma cantora baiana, que na música em vez de dizer Iemanjá, disse Yeshua, que em hebraico significa Jesus. Dizem que o Brasil é um país laico, mas Justiça se envolveu neste caso. Talvez se fosse o inverso seria diferente. A Justiça é representada por uma mulher, ora segurando uma balança, ora uma espada, mas sempre de olhos vendados. Dizem que é porque ela julga sem olhar as aparências(?)… Também tem o outro lado: essa cantora se diz convertida, batizada nas águas, então deveria deixar pra trás todas essas coisas, essa bagunça, e agir como nova criatura em Cristo Jesus. O vereador Cezar Leite (PL), protocolou um projeto de lei na Câmara Municipal de Salvador para combater a “cristofobia” na cidade. Ele diz que a “fé cristã também precisa ser respeitada” na cidade. Bom seria que isso também se estendesse por todo Brasil, então acabaria tanto desrespeito. Não faz muito tempo passou em uma emissora uma novela em que a personagem central era evangélica, em uma família evangélica; negra, pobre, tinha a luz cortada, não se vestia bem. Ela, ora estava com um, ora com outro. e por aí vai. Vai na fé. Às vezes ficava dividida entre fazer o que aprendia na igreja, e o glamour do mundo. As pessoas é que diziam para o pastor o que ele tinha que fazer, e não o contrário… Qual a mensagem que se passaria? Que leitura se faria do enredo? A de que para ser evangélico tem que ser negro, ou pobre, ou maltrapilho, infeliz na vida amorosa, burro… ou que as pessoas se tornaram evangélicas por estarem nessas condições. A mídia quer fazer isso, mas quando olhamos ao redor, não é isso que vemos. Vemos um exército de vencedores e vencedoras. Não existem pessoas mais vítimas de preconceito e de ódio que os evangélicos, e um detalhe: sem haver (humanamente falando) quem os defenda. Se um jogador por ser negro, é chamado de macaco (jogaram uma banana no campo pra ele), logo mudam o perfil na rede social, dizendo “somos todos macacos”, querendo dizer “estamos com você”. Se uma atriz, uma mulher, aparece na mídia dizendo ter sido assediada por um colega de trabalho, logo aparece “mexeu com uma, mexeu com todas”. É mulher? Está na política, e já passou de uma certa idade, e foi alvo de discriminação por algum desses motivos? Logo há uma comoção geral, uma revolta. Mas vai ver se acontece alguma coisa se essa mulher for evangélica! E se o negro chamado de macaco for crente!? Ou se a mulher vítima de assédio professe sua fé cristã? Ninguém diz nada. Ficam em silêncio, como que combinado, como se tivessem tomado anestesia geral. E por que tanto ódio, tanta perseguição? Só estão querendo viver o que está escrito na Bíblia, pregar, e na medida do possível, converter alguns. E por falar em Bíblia, se essa lei de “cristofobia” do vereador Cezar Leite, do PL de Salvador, fosse aprovada em todo Brasil, acabaria certas cenas em novelas usando o livro sagrado dos cristãos. Esse negócio de ficar chamando o pastor de ladrão (embora até entre os apóstolos de Jesus tinha um), e dizer que “crente é bobo porque fica dando dinheiro pra pastor”, acabaria, pois faz parte da crença da maioria entregar seus dízimos, dar suas ofertas. E a crença tem que ser respeitada. Tem lugar em as pessoas são obrigadas a fazer suas oferendas, e não vejo ninguém chamá-las de bobas, ou chamar aqueles que pedem e recebem tais oferendas de ladrões. Vejo manifestações pedindo fim de testes em animais pelas indústrias de cosméticos, mas não vejo manifestações para frear o sacrifício (leia-se morte) de animais em cultos de matriz africana. E diga-se passagem, sacrifício este aprovado pela lei brasileira. Ninguém fala por exemplo da sujeira que é deixada nas ruas, praias, por causa dessa oferendas, ou quando, principalmente no fim de ano despejam suas oferendas no mar. O maior “auê” porque uma cantora trocou a letra de uma música colocando no lugar a palavra Yeshua, que significa Jesus. Mas o que falam quando alguém travestido de Jesus ofende os cristãos?
Se os evangélicos, assim como o leão, se levantarem por se sentirem incomodados em seu descanso, e resolverem reagir, vai ser como uma colisão de frente entre uma bike e uma locomotiva. E os evangélicos não são a bike.