Receba as Atualizações

Seu número e dados estão protegidos e permanecem privados.

O direito de escolha

    As pessoas precisam aprender cada uma a tomar conta de suas próprias vidas. que cada um tenha sua crença, suas ideias, suas opiniões, ideologias políticas, preferência sexual, etc. O problema começa quando as pessoas querem obrigar as outras a terem os mesmos pensamentos e ideias que elas têm, e se elas não pensam de igual forma, são criticadas. Se não existe um ser humano igual ao outro no mundo, é de se imaginar que eles também não pensem de igual forma. A pessoa é livre para escolher, mas as pessoas teimam em querer fazer escolhas pelas outras. É como disse um filósofo: A liberdade é um bem tão apreciado que cada qual quer ser dono até da liberdade alheia.


    Muitas vezes, os pais querem escolher a faculdade que os filhos devem fazer, a profissão que os filhos devem seguir, etc. É que os pais querem mostrar à sociedade que o filho é um vencedor, e na ótica desses pais, o filho só será um vencedor, se seguir à risca o que eles estão ditando. Ou seja, o filho é um robô, não tem vontade própria. Às vezes querem que os outros sintam inveja de seus filhos, sua família. É por exemplo uma família de médicos. O pai é médico, o avô era médico, o bisavô...então o filho também "tem que ser" médico, para seguir a tradição. E se o filho decidir fazer qualquer outra coisa... O adolescente às vezes cede e faz o que o pai está falando, entra no curso universitário, geralmente se forma, mas provavelmente vai ser um eterno frustrado. Conheci um senhor cujo pai era judeu, e ele era obrigado a fazer o que o pai mandava. Se formou em Administração de Empresas, falava fluentemente o inglês, o alemão...O pai morreu, ele foi ser eletricista. Um outro caso é de um médico que eu gravei entrevista com ele umas tres vezes. Uma dentro de uma casa de recuperação, outras duas fora. Segundo ele, o pai era presente demais, fazia tudo por ele. Depois ele se casou, e passou a usar a esposa como muleta. Até que um dia no hospital em que trabalhava, sentindo dores nas costas, e tendo acesso à morfina, tomou para aliviar a dor. Depois desse dia tudo era motivo para usá-la. E tornou-se um viciado. E segundo ele, essa sua fraqueza era por conta da superproteção de seu pai, que provavelmente tomava as decisões por ele. Ele era anestesista, sgundo ele, nunca prejudicou nenhum paciente, mesmo porque seus colegas de equipe, quando percebiam que ele não estava muito bem, o retiravam. Agora imagina um anestesista sob efeito de drogas, no momento da cirurgia. Então vendo que não conseguiria conciliar os dois, droga e a área de anestesia(que era o que ele amava fazer), foi ser pediatra. Você pode e deve orientar, mostrar à uma pessoa os possíveis resultados  de uma escolha que ele fizer, mas nunca tomar a decisão por ela.   

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *