
“Às vezes a gente tem vontade de
ser
Um rio cheio pra poder transbordar
Uma explosão capaz de tudo
romper
Um vendaval capaz de tudo arrasar
Mas outras vezes tem vontade de ter
Um canto escuro onde poder se
ocultar
Um labirinto onde poder se perder
E onde poder fazer o tempo parar”
É bem por aí… É a letra de uma antiga música, e que exprime de certa forma o que muitas vezes nós sentimos; uma mescla de pensamentos e sentimentos que vai de um polo a outro, de um a outro extremo. Claro que isso varia de pessoa pra pessoa. Somos seres humanos. Dentro de nós o sangue corre, circula. Em alguns o “sangue borbulha”. Ora se tem vontade de morrer, ora de matar. Alguns acordam pela manhã agradecendo por mais um dia, outros se perguntam porque ainda estão vivos; porque não morreram enquanto dormiam. “Que saco…Mais um dia.” Às vezes se tem o desejo de viver igual Moisés: morrer com cento e vinte anos sem perder o vigor. Às vezes com o mesmo desejo de Jó, de ter sido abortado, e nunca ter visto a luz do dia. Um dia “do nada” a pessoa está triste, angustiada, sem motivo aparente. Ela vasculha seus pensamentos, seu dia, o dia anterior, e não descobre nada que pudesse justificar tanta tristeza, tanta angústia. Outro dia “do nada” ela está radiante, alegre. Muito mais alegre que nos demais dias, sem motivo justificável, inclusive com muitos problemas a serem resolvidos. Gente cheia de dinheiro pensando em se matar. Gente cheia de dívidas , e rindo à toa.
Ser Humano. Ser Bipolar.